Pós-graduação em gestão: 5 opções de carreira

Se você não trabalha em uma fábrica, talvez esteja se questionando sobre a importância desse conteúdo para sua carreira. Porém, o fato é que a Indústria 4.0 afetará todo o mercado de trabalho, gerando desemprego para alguns e oportunidades para outros.

Então, não perca este post! Nós vamos explicar o que é a Indústria 4.0 e de que forma ela pode impactar o seu sucesso profissional.

Em primeiro lugar, o que é a Indústria 4.0?

Devido ao seu setor de trabalho, talvez você não esteja tão familiarizado com esse conceito. Por isso, entendemos que é importante explicar o que é a Indústria 4.0, também conhecida como Quarta Revolução Industrial.

Para entendermos melhor a ideia, é preciso recordar brevemente a História e analisarmos a transformação que aconteceu na produção. Veja a seguir:

Revolução Industrial

Séculos atrás, roupas, calçados, móveis e tudo que as pessoas precisavam era produzido de forma artesanal. Alfaiates, sapateiros, costureiras, marceneiros faziam cada peça de acordo com a solicitação da clientela.

Porém, no século XVIII surgiram as primeiras máquinas a vapor. Isso acelerou a fabricação de tecidos e outros materiais, possibilitando a produção em maior escala. Essa foi a Revolução Industrial que entrou para os livros de História e reconfigurou até mesmo a distribuição da população da Europa.

Segunda Revolução Industrial

Mas a engenhosidade humana não parou por aí. No século XIX, foram inventadas as máquinas movidas pela eletricidade. Henry Ford implementou um novo modelo — a linha de produção. Mais uma vez, foi possível fabricar mais em menos tempo, e o trabalho artesanal perdeu bastante espaço.

Terceira Revolução Industrial

Finalmente, na década de 70, já no século XX, a Terceira Revolução Industrial automatizou uma série de processos. Computadores programáveis realizam uma série de tarefas sem uma grande interferência humana.

Se você acredita que essa automação só acontece nas fábricas, isso é um engano. Naquele ambiente ela fica mais evidente, pois é possível ver robôs fabricando um carro inteiro, por exemplo.

No entanto, a automação também está presente no dia a dia. Quando lá na loja o funcionário vende um produto, o sistema gera a nota fiscal, calcula o imposto que será pago e dá baixa daquela mercadoria no estoque, isso não deixa de ser um processo de automação.

Então, se antes era necessário pagar várias pessoas para realizarem cada uma dessas etapas, hoje isso deixou de ser a realidade de muitas empresas. Com os sistemas, as máquinas fazem o trabalho repetitivo e burocrático, o que eliminou muitos postos de trabalho e gerou desemprego.

Quarta Revolução Industrial

No entanto, a Quarta Revolução Industrial promete ir além. Ela projeta uma redução ainda mais significativa presença de seres humanos nos processos de produção e geração de riqueza.

Já existem indústrias em que, por meio de sensores, as máquinas se comunicam umas com as outras. Com equipamentos conectados a sistemas, a cadeia de produção é controlada de maneira completamente autônoma, sem a necessidade de interferência humana.

Quais são os pilares da Quarta Revolução Industrial?

Os principais pilares da Quarta Revolução Industrial ou Indústria 4.0 são a conectividade, o relacionamento entre sistemas cyber-físicos (máquinas + softwares) e a Internet das Coisas.

Com esses recursos, é possível controlar uma empresa remotamente. Os sensores oferecem toda a informação que o gestor precisa, detectam problemas, permitem alterar instantaneamente a produção, customizar produtos e serviços, entre outras vantagens.

Além disso, os softwares podem ser programados para a tomada de decisão. Portanto, a partir das necessidades que os sensores detectam, as próprias máquinas poderão efetuar ações automáticas, como ordenar a vinda de um suprimento do estoque, por exemplo, ou até mesmo solicitar virtualmente a nova compra de uma matéria-prima ao fornecedor.

Talvez essa descrição seja até um pouco complexa, pois um sistema tão autônomo ainda parece surreal. Então, vamos a um exemplo.

Imagine que uma fábrica de roupas está completamente conectada, inclusive com o sistema de vendas. O software detecta que os consumidores estão comprando muito uma determinada camiseta azul, e não tanto a branca.

Então, de forma autônoma, o sistema verifica se as peças que a empresa tem no estoque são suficientes para atender essa demanda. Se não forem, ele automaticamente para a produção de camisetas brancas para fabricar mais peças azuis. Ele pode fazer a alteração sozinho ou sob o comando de um gestor.

Porém, não é só isso. O sistema calcula automaticamente que, para suprir a demanda do mercado, ele precisa produzir 1000 peças azuis por dia. Ele identifica a quantidade de tecido que está no estoque e pode até mesmo solicitar mais dessa matéria-prima ao fornecedor.

Parece incrível? Na verdade, é muito mais real do que você imagina. Existem sistemas parecidos com esse que já controlam o estoque e despacho de produtos no varejo físico e e-commerce, por exemplo.

Como a Indústria 4.0 afetará o mercado de trabalho?

Mas talvez você esteja pensando: como isso afetará o mercado de trabalho e a minha profissão? Em primeiro lugar, se hoje você ocupa uma função na área operacional ou no controle de produção, cuidado! Em breve, esse posto provavelmente pertencerá a um software.

Qual é a alternativa, então? Buscar conhecimento para mudar os rumos da carreira e se tornar um profissional da área estratégica. Se realmente deseja se especializar em produção, é preciso aprender a lidar com a ciência de dados e se tornar um desenvolvedor ou analista dessas tecnologias.

Mesmo se você não trabalha na produção, isso não significa que sua profissão está fora do alcance da Indústria 4.0. A jurimetria é um exemplo de que hoje, com a análise de dados, os sistemas conseguem avaliar com alta previsibilidade qual é a probabilidade de uma pessoa ganhar ou perder uma demanda judicial, bem como as abordagens mais eficazes. Percebe como esse mercado pode ser afetado?

Dessa forma, também não podemos nos esquecer dos educadores. Com um mercado 4.0, a escola precisará rever que tipo de profissional ou cidadão ela está trabalhando para formar. É preciso ter professores capacitados a inserir a tecnologia no currículo escolar, habilitando os profissionais do futuro a enfrentarem esses novos desafios.

Finalmente, fica o desafio para os profissionais de todas as áreas. A Indústria 4.0 está revolucionando não só a produção, mas também a forma como as pessoas consomem serviços e produtos.

Especialização e capacitação são os principais segredos para não ser atropelado por essa revolução. Afinal, o profissional que busca conhecimento constantemente consegue visualizar as tendências de seu setor e antecipar-se aos concorrentes, viabilizando a sobrevivência de seu negócio.

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